sexta-feira, novembro 25, 2005

viagens e papas

Ia eu no outro dia numa das muitas viagens diárias a caminho do meu local de trabalho ( pronto, da escola) quando ouvi na rádio a ultima declaração do vaticano acerca da homosexualidade. E numa das partes da referida declaração, obtive uma imagem que gostaria de partilhar convosco: nenhum homossexual ou que tenha tendências para tal, pode entrar numa igreja. Ora bem...foi a seguinte imagem que me veio à cabeça: Igreja. À porta da igreja encontra- se um daqueles gorilas (porteiro) de discoteca: "Faça o favor de entrar, faça o favor de entrar, faça o favor de entrar, herr...meu amigo vai me desculpar mas você tem assim um certo ar, diga- se assim suspeito...Inda há pouco estava a verificar o senhor, e você fez o movimento de "montanha russa" para afugentar moscas um bocado exagerado...não vai poder entrar meu amigo." Ao que o nosso amigo responde "Qué? O senhor porteiro eu nem uma volta de 360º fiz!!"(...) Bom..avançando. Façamos uma viagem até ao mítico mundo dos transportes públicos. Mas a uma parte específica desse mundo: a conversa de transportes. Deve ser o tema mais "batido" em toda a história das críticas, mas não consigo resistir a não falar sobre ele. A conversa que é estabelecida num autocarro, ou num metro é bastante preenchida de opiniões pessoais. Ora o que acontece, tudo o que o nosso parceiro de conversa nos diz, tem que ser por nós aceite, pois caso contrário vai se gerar ali um clima um bocado po pesado. Quem nunca consentiu ideias completamente diferentes das vossas?Pois claro que ninguem! A maneira mais usual é o "sim" com aquele sorriso rasgado, produzido com as extremidades dos labios que fazem com que a altura dos labios fique mais pequena( pronto, divaguei um bocado agora). Casos típicos "épa, a culpa é do presidente do botswana" "herrrr...poiss..sim". Qualquer dia irão dizer coisas tais como "ouvi dizer que descobriram que o mundo é COMPLETAMENTE quadrado, não acha??!!" O tom de voz é perfeitamente hipnotizante para que os receptores sejam tentados a dizer "pois.....sim", caso contrário, a voz da personagem que está a emitir a opinião aumentará, fazendo (propositadamente, como é obvio) com que todos os passageiros olhem descaradamente para a pessoa a quem estava a ser posta à prova. Entretanto a pessoa não tem outro remédio senão dizer sim, antes que seja devorada pelos olhares penetrantes dos individuos que se encontram à sua volta.
"Eu que te apanhe agora a dizeres o contrário, ouviste?"
"Epa ,mas sabe, eu nao sei se..."
"OUVISTE"
"Oh meu amigo claro que sim."

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